terça-feira, 13 de dezembro de 2016

i-lone


não fumo a hóstia da religião humanismo
até vou apertar mas não vou acender agora
não abro a tela, que ninguém me leia lendo
esperando o digitando três pontos do infinito
dou print depressa
e F5


assertiva cifrada para não servir de premissa
a regra, o dogma, oremos a missa

ri alto!

aperto o mute, dou block, decidido
clico, tuíto, mudo o nome,
emoticon instantâneo evasivo 
textão ofendido, ato contínuo, respondo

depois, stalkeando por horas, não te adiciono

mudo o pano de fundo do aplicativo
mudo o perfil, a frase do início
com a lembrança do antigo
enrolo a teresa digital da fuga,
respiro certeza
e reinicio

sexta-feira, 1 de julho de 2016

começa hoje o final

domingo, 5 de junho de 2016

pathos é a união do termo pathos e nenhum outro. é o afeto sem logos posteriormente pauteurizado por pasteur. esqueceream morgagni na geladeira com duas pitadas de sense of entitlement e ele ficou lá, latente

domingo, 27 de março de 2016

3 álbuns com Guilherme Castro



http://www.botapratocar.com/2016/02/3-albuns-com-guilherme-castro.html

domingo, 20 de março de 2016

Ele não é isentão, só tem preguiça. Por que? Porque deve ter inteligência menor que a média. O que você fala hoje (independente do que fala) já estava falado há dezenas de longos anos em que ele apenas viveu, viveu, pensou, pensou e entendeu muito pouco. Isso acontece com quem pensa. Acontece nas melhores famílias, tradição e propriedade intelectual da marcha dos 100 mil sobre Roma. Se acontece nas melhores, acontece nas piores. Você lembra do PSB, partido onipresente da década de 40 que estava à direita da esquerda e à esquerda da direita? Votou nele ou não votou? Porque era tudo ou nada, o petróleo seria nosso ou não seria, seria? Cadê seu Deus agora? Aplaudido por Carlos Lacerda, Carlos Prestes defendeu a direita até a morte em nome da esquerda: o petróleo é de todos, inclusive de russos e australianos, por que não? Somos homens e o mundo nos pertence até a última gota, desde que seja pra todo mundo e que sejamos iguais diante da desigualdade criadora e desiguais diante da igualdade teórica dos manuais de astronomia. Olavo de Carvalho lia manuais de astrologia. Corra, se tiver coragem, porque se correr o bicho pega, mas e as bichas? E se o Bolsonaro garantir o subsolo do subsolo à camisa dos descamisados da pátria, partamos da hipótese que a hipótese esteja de antemão confirmada astrologicamente, nada de abrir o pré-sal Serra acima, aqui é macheza nacionalista homofóbica em nome de todos, fraga? A ditadura da maioria é tensa e a maioria da maioria tem opiniões corretas ainda que divergentes. O futuro a Deus pertence e esse é um textão sobre pertencimento, embora pese o peso de palavras não ditas.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

A praia da estação de 1930

Meu tio Virgílio de Melo Franco tinha uma carta na manga e uma interrogação prosaica sobre luvas brancas e charutos cubanos.
Vargas o considerava o croupier translúcido dos desígnios de 30.
Estávamos já bem gestados nisso quando um retro-gosto de futurismo italiano previu a reação hater no youtube: 

- o aftertaste do aftertaste do lobo do homem
(haters gonna hate)

Titio, ainda temos que averiguar um espaço no discurso que caiba os vencidos de Canudos e uma particular superstição que me inclina a segurar sua foto com a mão esquerda enquanto a direita, faz um negativo. iremos sempre aguardar um fato novo? assim, pergunto, plasmar um interlúdio em eventos de qualquer natureza? e o interlúdio da interdição sem noção?

- tinha um drink naquele link, tinha um link naquele drink

(chapolin, joga água em mim)

no caso de você me pedir uma dicção mais específica, diria: Anayde Beiriz era jovem bonita solteira poeta fumante e feminista... preciso de um sim para seguir outros sins adiante.