PARALAXE: Weiß in Weiß

sábado, 19 de dezembro de 2009

Weiß in Weiß

quero tatuar meu cotovelo

com o quadro negro sobre fundo branco

quero tatuar meu cotovelo
com o quadro branco sobre fundo branco

Ich tätowiert Ellbogen

die Tafel auf einem weißen Hintergrund

Ich tätowiert Ellbogen mit dem Weiß in Weiß

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Barry Allen Beriberi

ele era o barry allen beribéri pirulito praça sete sete e quinze no metrô era ele o paralelo passageiro parsifal lex luthor de rolex falso era natal da capital na correria do sinal chovia a noite o aguaçal dezembro era o menor o catatau de poesia berimbau de carne luto e seu produto químico

nasceu na prado lopes golpeava seu aval de assombro rasta-fari límbico vindo do além de bogotá de goa-trance trem-da-morte teco-teco tísico pasta de browcaine temperado thomas man lero-lero trololó do mundo magrelo joão-ninguém psicose nowhere man celerado cachimbim de vidro

seu olho ao dezesseis não tinha nada o que q fez de infantil de imbecil faminto correu achou freguês rodoviária é dois-por-três quando espiava a rp subindo agora é minha vez q fumo tudo de uma vez q meu presente brilha no escuro com o wally west foi igual hoje é noite de natal e barry allen conhece seu trunfo

corria mais do q metrô corria mais q lotação corria mais do q um íon atômico meia-noite e dez foi q nem o wally west o vapor o transformou no flash quando passava dava choque o shopping oiapoque na paraná e na caetés mero fóton social o elétron marginal bomba h pentescostal sob seus pés

passou dessa dimensão fogo morto baltazar na mitologia era mercúrio nem o tempo conseguiu não barrou o anti-herói de calói azul sob o entulho pedalou sete mil nós trepanou sete mil sóis era só o q melchior sabia visão do céu molecular radiação q fez vibrar a noite mágica a estrela guia

Catch a Rising Star

ela acordou cedo deu um bocejo e partiu
era em fevereiro passou março e o fim de abril
levou um baton um espelho
um maço de carlton e um plasil
um isqueiro zippo um dinheiro o visto e um disco de vinil
veio de valadares pra bh num uno mil
depois de amanhã num vôo da tam ia pro rio
com a cara e com a coragem – personagem do kill bill
vou de baby-sitter pra new jersey ou murray hill

e nem acenou não olhou pra trás nem despediu
deixou pra trás o pai o avô o irmão a mãe e um tio
deixou pra trás e foi sem medo dor, calor ou frio
keep your eyes on that road
and your hands upon the wheel
despachou bagagem da airlines pro jfk
foi a última imagem meio sonho e deja veau
com a cara a maquiagem personagem do angeli
pra dormir na viagem eu tomo kaiser com dramim

foi a última vez q a vi (na fila do check-in)
disse ter talvez uma amiga de gv em queens
ia oferecer pra trabalhar no chelsea in
mas só quando chegar
que vou saber o que vai ser de mim
quem sabe igual amílcar exponho um dia no kornblee
levo um croqui pro soho e um outro pro art-student-league tenho coisa em guache
o resto em lápis e nanquim
cópia do lucchesi vendo na west-twelve-street
era cultura baixa contra estátua bartholdi
era bravura inata mangá de sangue - ogami
fez num guardanapo auto-retrato num tai-chi
esqueça o meu passado eu nunca fui feliz aqui

com a ira e com a idade personagem do balzac
deixou bolsa do mec ia ser mestre em tomie ohtake
depois te mando um scrap o ar do met é meu prozac
vou garçonete vou pro catch a rising star

sou eu a pin-up girl na roosevelt drive
a lou reed sight walk on the wild side
na cherry hill do central park
pegou o metrô até o west side e entrou no parque
andou a pé já era tarde no museu de arte
queria um desenho do ramble e por no site teve o insight
não tinha um pingo de juízo nem de identidade
tinha uma pasta com papéis e lápis com um luck strike
é perigoso andar sozinha lá todo mundo sabe!

seu corpo era o seu porto lacaniano desafio
estampa de arte nô com flor de lótus aizen-myoo
virou um fluido urbano americano sem refil
morreu no fim de março sem espaço no daily news
lembra do atari do acquaplay do playmobil
tinha uma foto sua ainda criança em cabo frio
o céu no cinza claro do seu traço dias a fio
o seu sorriso fica a minha ficha não caiu...

ALUMINISSAGEM

(Antiode anodizada para Betty King) I - O alumínio anodizado faz iluminar 0 máximo verso-mínimo de Ungaretti D'illumínios immensos... (Há lume no alumínio) II - A Parallax mede 0 relax do metal anódino. (Alume no alumínio) III - A Parallax perde um x das galáxias metálicas mil anos lux. (Há lume no alumínio) IV - A Polychromia faz a forma de incisão cromática do Samba e de Iemanjá. (Pedralume no alumínio) V - A cor ultrapassa a massa genética ao tempo total. (Alumbros no alumínio) VI - Na fauna Interculata as uvas são oooospheras. Eva dâmicas. (Deslumbros no alumínio) VII - De Betty King 0 aluminium aluniza. Curva-canto curva-canto cor curvacanto o máximo mínimo verso de Ungaretti. D'illumínios immensos!(Illmunínios no Alumínio) "Me illumino di immenso". - Altino Caixeta de Castro

Bin Laden é o Bruce Wayne

"Bin Laden é o Bruce Wayne"

você sabe disso eu sei

o taliban do Orkut, o barman em Beirute

curte o Cobain e o Leonard Cohen

depois daquela estrela já é segunda-feira

seu endereço na Praça da Bandeira

me dá corda pra essa prosa nonsense

o milionário do revange o Batman do C.I.A

e um litro de Almadén

mistura sua figura na minha cabeça

sou andarilho de Santa Tereza

me aguenta mais um pouco

falta tanto pro seu rosto desaparecer

e o que é que eu vou fazer

quando o telefone me tocar na sala

e não for o comissário e em for da Al-Qaeda

e nem for você

"Bin Laden é o Bruce Wayne"

você sabe disso eu sei

o Batman do Frank, o tanque ianque

tocava o Cobain também e até o Rage Against

e por ela andava a vista embaralhava

além do horizonte o front de batalha

em BH em Bagdá ou Israel

eh de viajar sobre tu piel

duas vezes antes o ctrl-alt-del

e até a Batgirl

escolhe um alter-ego nesse pulp-fiction

escolhe um gosto outro pro seu establishment

que te invento mais um rosto

que me invento mais um gosto

falta pouco pra acontecer

e o que é que eu vou fazer

quando o telefone me tocar na sala

e nem for o comissário e nem for da Al-Qaeda

e nem for você