andava a noite e tinha um isqueiro
com o qual fazia sinais indecifráveis
códigos, gírias, rádios de carro
tudo era possível de ser passado
o sangue frio, o silêncio inflamado
o peso do corpo que pôs sobre o capô
abrira a porta do carro importado
ninguém sabia o que ele queimava
havia uma fogueira atrás da sua casa
talvez a fumaça enviasse comandos
nem um santo sabia o que ele ouvia
quando estava calado ou falando
era uma espécie de cabala mística
feita com objetos roubados
era uma espécie de romaria
com gírias e gestos calculados
tudo tinha um propósito
era tudo de caso pensado
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