Estende-se da música propriamente dita à poesia incluindo o emprego de modos musicais de caráter patético, descrições de cenas desencorajantes - sobretudo as que inspiram o temor da morte e o desapreço dos deuses - a expressão de lamentações e queixumes, atribuída a heróis ilustres, narrativas não edificantes, representações trágicas, que induzem ao domínio das paixões violentas, e as cômicas, favoráveis ao desequilíbrio da conduta.
sábado, 5 de dezembro de 2015
Paralaxe no Programa Tropofonia | Rádio UFMG
domingo, 25 de outubro de 2015
Mellon Collie and the Infinite Sadness
Anteontem, exatamente (23/10), há 20 anos, era lançado o "Mellon Collie and the Infinite Sadness" - sempre uma influência.
sábado, 10 de outubro de 2015
Dr. Paralaxe vs o Dragão do Tempo
por Thiago Pereira
“O ‘Quartzo’ não nasceu. Como bom cristal que é ele sempre existiu!”
A conclusão acima, do vocalista Fred HC, veste com precisão essa roupa de luxo que ele e o guitarrista Rafael teceram para celebrar as comemorações de dez anos da Paralaxe. O mineral que se usa para medir o tempo, cuja vibração determina a passagem das horas na grande maioria dos relógios, localiza o quart(z)o disco do grupo como museu de grandes novidades, nostalgia do futuro, todo e nenhum tempo concentrado no espaço de um vinil que, em si é também a metáfora do cristal (quartzo) no recorte da durabilidade material, se comparada à mídia digital onde a obra da banda estava assentada.
(Por aqui viajo: heterotopia foucaltiana modulada pelo pop? “Don´t Look Back”, dizia Dylan. “Be Here Now”, completava George Harrison. Ah, o pop e a ciência, como dispositivos de novas sensibilidades e experiências como apostava Sontag...)
Quem conhece os caras (dois enormes artistas que atuam como médicos nas horas vagas...) pode até supor que, desta vez, o lado cientista maluco pendeu mais na balança que a overdosagem de cultura pop que sempre povoou as letras e os arranjos da banda. Do alto de quem entrou meio desavisado num Matriz (espaço histórico da música independente mineira) vazio numa noite do meio de maio de 2005 e foi imediatamente seqüestrado pela banda-e desde então tem tentado capturar os estilhaços estético/poético/sonoros do grupo- a resposta vem de um verso escutado naquela noite:
“Eu acho que passei do tempo”.
Pretensão dos infernos essa não? Mas, convenhamos, a dupla nunca se furtou a isso. E, bem, de certa forma, com esse disco, o tempo alcançou a Paralaxe. Mas isso demandou uma manobra bastante engenhosa por parte dos caras.
Há tempos faço o exercício de tentar crackear o template sonoro da banda. Separar os elementos formativos de um todo me levou a isso:
Paralaxe=música eletrônica + canções x rompantes de guitarra/beats alucinados + esfinges líricas [literatura + pop como subjetivação e não apenas como rótulo] – medo do exagero e das possibilidades de experimentação
A conta fechou bonito em três ótimos discos, cada um deles equacionando esses vetores de forma mais ou menos balanceada. No primeiro, “Paralaxe” (2005), fomos apresentados à dosagem de eletro/acústica travestindo pepitas cancionais; o segundo “Under Pop Pulp Fiction” (2008) se esbalda no carnaval de imagens e de sentidos, pesando bem a mão nos efeitos e nas narrativas; o terceiro “Deus Ex-Machina”, é fruto de insuspeita sobriedade lírica e de produção preciosa. Habemus, portanto, uma face personalíssima e personalista, um caso raro de estudo e fruição na cena belo-horizontina dos anos 00. Poucas bandas soam tão contemporâneas neste balaio quanto a Paralaxe. Em minha opinião, poucas bandas foram tão subestimadas no período. Mas... eu acho que...passei do tempo?
Portanto, de cara, “Quartzo” trazia em si um desafio prévio: desnudar todas essas personas, num delicado processo de seleção cancional, como qualquer processo compilativo. Mas remexer gavetas da memória, simplesmente, não é a onda desses doutores.
Homens-pop da ciência partem de premissas não óbvias.
Homens-pop da ciência tentam o impossível.
Homens-pop da ciência invertem o medidor do tempo e fazem do “Quartzo” um aliado.
Fizeram o tempo, em estratégia stoneana (não estamos falando afinal de pedras, de cristais?) estar (nos) lado(s) deles, A e B, o atual passado, o ex-futuro e nesse intervalo entre o cristal tocar o sulco do vinil, o presente, pleno. O contemporâneo responde a dúvida: achou errado, você não passou do tempo.
Você guarda o tempo em si.
Todos os tempos.
De novo: pretensão dos infernos essa não?
(Bem, adianto aqui que os caras têm na gaveta um disco biográfico sobre o simbolista Rimbaud. Passar uma temporada nos Hades da grandeza artística interessa muito a eles...)
O que se faz aqui é confirmar que, na verdade, as músicas lançadas anteriormente, nos três CD´s, eram na verdade releituras. Hein? Releituras do quê? Releituras eletrônicas de algo do passado! Releituras delas mesmas em suas versões primárias. O que nasceu orgânico- possivelmente de um violão, de um papel, de um riff de guitarra- e criou texturas externas, glacês eletro (entro) nizados, saiu da terra e chegou ao mundo já pronto, reprocessado nos trabalhos anteriores lançados pela banda.
Agora é back to the bone, dissecar, buscar a origem, revelar sons e sentidos bem primários e materializáveis da formação deles como artistas. Para o ouvinte é privilégio, poder checar com tanta precisão a alma (um trabalho que revela, no microscópio, fatos importantes como o grande cantor que Fred é; o puta guitarrista que o Rafa é; os espíritos inquietos por trás da polifonia lírica toda) e o corpo (a impressionante qualidade dos arranjos; o supremo cuidado com a parte visual com a assinatura de Eduardo Recife, a gravação preciosa do Baiano) da estrutura Paralaxe.
Eis o “Quartzo”, portanto: espécie de anatomia da verdade paralaxiana. Quartzo, algo que está sim, escondido na terra e dela faz parte, “mas que proporciona difração de matizes ao receber um feixe de luz incolor, que tem pulsação temporal e calibragem telúrica”, como nos contam eles.
Ouso aqui chamar essa pulsação e calibragem de disco de vinil. Origem é origem, the song remains the same, a ciência do pop é sábia. Pouco a ver com a recuperação fetichista da mídia vintage, não há subentendido aqui o slogan meio hype do vinil como futuro. Tudo a ver com o propósito de revelar o que no passado estava escondido em efeitos mil, vontades possibilitadas pela era da informação, pelos suportes digitais.
Não. O vinil serve aqui como aparato analógico pra desvendar o presente. Eles mesmos assumem: além do aspecto de comemoração, há um desafio em jogo, um propositado “sair da zona de conforto”.
Para eles, pelo aspecto orgânico da execução dos instrumentos e da restrição de possibilidades de tentativa-erro impostas pela fita magnética.
Para nós, os ouvintes, temos a oportunidade de tentar perceber uma narração interna oculta da obra, não essa, fixada no vinil, mas de todo o espectro paralaxiano.
Portanto, escuto aqui “Juliano Doido”, “Retrato” “Lázaro”, “Magdalena”, “Clubber do Milharal” como se não as conhecesse e não as acompanhasse desde uma noite fria, há uma década. Brindo com eles essa coragem de se auto-autopsiar, com a sensação de que, se eu abrisse meu corpo (e alma), também ia me surpreender com o que encontraria lá. Isso já motivo o suficiente para comemorações.
Para quem está sendo apresentado à banda agora, sugiro então o caminho inverso: comece nesse “Quartzo” para depois ir percorrendo os discos anteriores. A cronologia não é o que mais se aplica por aqui: essa banda não passou do tempo, afinal.
“O ‘Quartzo’ não nasceu. Como bom cristal que é ele sempre existiu!”
A conclusão acima, do vocalista Fred HC, veste com precisão essa roupa de luxo que ele e o guitarrista Rafael teceram para celebrar as comemorações de dez anos da Paralaxe. O mineral que se usa para medir o tempo, cuja vibração determina a passagem das horas na grande maioria dos relógios, localiza o quart(z)o disco do grupo como museu de grandes novidades, nostalgia do futuro, todo e nenhum tempo concentrado no espaço de um vinil que, em si é também a metáfora do cristal (quartzo) no recorte da durabilidade material, se comparada à mídia digital onde a obra da banda estava assentada.
(Por aqui viajo: heterotopia foucaltiana modulada pelo pop? “Don´t Look Back”, dizia Dylan. “Be Here Now”, completava George Harrison. Ah, o pop e a ciência, como dispositivos de novas sensibilidades e experiências como apostava Sontag...)
Quem conhece os caras (dois enormes artistas que atuam como médicos nas horas vagas...) pode até supor que, desta vez, o lado cientista maluco pendeu mais na balança que a overdosagem de cultura pop que sempre povoou as letras e os arranjos da banda. Do alto de quem entrou meio desavisado num Matriz (espaço histórico da música independente mineira) vazio numa noite do meio de maio de 2005 e foi imediatamente seqüestrado pela banda-e desde então tem tentado capturar os estilhaços estético/poético/sonoros do grupo- a resposta vem de um verso escutado naquela noite:
“Eu acho que passei do tempo”.
Pretensão dos infernos essa não? Mas, convenhamos, a dupla nunca se furtou a isso. E, bem, de certa forma, com esse disco, o tempo alcançou a Paralaxe. Mas isso demandou uma manobra bastante engenhosa por parte dos caras.
Há tempos faço o exercício de tentar crackear o template sonoro da banda. Separar os elementos formativos de um todo me levou a isso:
Paralaxe=música eletrônica + canções x rompantes de guitarra/beats alucinados + esfinges líricas [literatura + pop como subjetivação e não apenas como rótulo] – medo do exagero e das possibilidades de experimentação
A conta fechou bonito em três ótimos discos, cada um deles equacionando esses vetores de forma mais ou menos balanceada. No primeiro, “Paralaxe” (2005), fomos apresentados à dosagem de eletro/acústica travestindo pepitas cancionais; o segundo “Under Pop Pulp Fiction” (2008) se esbalda no carnaval de imagens e de sentidos, pesando bem a mão nos efeitos e nas narrativas; o terceiro “Deus Ex-Machina”, é fruto de insuspeita sobriedade lírica e de produção preciosa. Habemus, portanto, uma face personalíssima e personalista, um caso raro de estudo e fruição na cena belo-horizontina dos anos 00. Poucas bandas soam tão contemporâneas neste balaio quanto a Paralaxe. Em minha opinião, poucas bandas foram tão subestimadas no período. Mas... eu acho que...passei do tempo?
Portanto, de cara, “Quartzo” trazia em si um desafio prévio: desnudar todas essas personas, num delicado processo de seleção cancional, como qualquer processo compilativo. Mas remexer gavetas da memória, simplesmente, não é a onda desses doutores.
Homens-pop da ciência partem de premissas não óbvias.
Homens-pop da ciência tentam o impossível.
Homens-pop da ciência invertem o medidor do tempo e fazem do “Quartzo” um aliado.
Fizeram o tempo, em estratégia stoneana (não estamos falando afinal de pedras, de cristais?) estar (nos) lado(s) deles, A e B, o atual passado, o ex-futuro e nesse intervalo entre o cristal tocar o sulco do vinil, o presente, pleno. O contemporâneo responde a dúvida: achou errado, você não passou do tempo.
Você guarda o tempo em si.
Todos os tempos.
De novo: pretensão dos infernos essa não?
(Bem, adianto aqui que os caras têm na gaveta um disco biográfico sobre o simbolista Rimbaud. Passar uma temporada nos Hades da grandeza artística interessa muito a eles...)
O que se faz aqui é confirmar que, na verdade, as músicas lançadas anteriormente, nos três CD´s, eram na verdade releituras. Hein? Releituras do quê? Releituras eletrônicas de algo do passado! Releituras delas mesmas em suas versões primárias. O que nasceu orgânico- possivelmente de um violão, de um papel, de um riff de guitarra- e criou texturas externas, glacês eletro (entro) nizados, saiu da terra e chegou ao mundo já pronto, reprocessado nos trabalhos anteriores lançados pela banda.
Agora é back to the bone, dissecar, buscar a origem, revelar sons e sentidos bem primários e materializáveis da formação deles como artistas. Para o ouvinte é privilégio, poder checar com tanta precisão a alma (um trabalho que revela, no microscópio, fatos importantes como o grande cantor que Fred é; o puta guitarrista que o Rafa é; os espíritos inquietos por trás da polifonia lírica toda) e o corpo (a impressionante qualidade dos arranjos; o supremo cuidado com a parte visual com a assinatura de Eduardo Recife, a gravação preciosa do Baiano) da estrutura Paralaxe.
Eis o “Quartzo”, portanto: espécie de anatomia da verdade paralaxiana. Quartzo, algo que está sim, escondido na terra e dela faz parte, “mas que proporciona difração de matizes ao receber um feixe de luz incolor, que tem pulsação temporal e calibragem telúrica”, como nos contam eles.
Ouso aqui chamar essa pulsação e calibragem de disco de vinil. Origem é origem, the song remains the same, a ciência do pop é sábia. Pouco a ver com a recuperação fetichista da mídia vintage, não há subentendido aqui o slogan meio hype do vinil como futuro. Tudo a ver com o propósito de revelar o que no passado estava escondido em efeitos mil, vontades possibilitadas pela era da informação, pelos suportes digitais.
Não. O vinil serve aqui como aparato analógico pra desvendar o presente. Eles mesmos assumem: além do aspecto de comemoração, há um desafio em jogo, um propositado “sair da zona de conforto”.
Para eles, pelo aspecto orgânico da execução dos instrumentos e da restrição de possibilidades de tentativa-erro impostas pela fita magnética.
Para nós, os ouvintes, temos a oportunidade de tentar perceber uma narração interna oculta da obra, não essa, fixada no vinil, mas de todo o espectro paralaxiano.
Portanto, escuto aqui “Juliano Doido”, “Retrato” “Lázaro”, “Magdalena”, “Clubber do Milharal” como se não as conhecesse e não as acompanhasse desde uma noite fria, há uma década. Brindo com eles essa coragem de se auto-autopsiar, com a sensação de que, se eu abrisse meu corpo (e alma), também ia me surpreender com o que encontraria lá. Isso já motivo o suficiente para comemorações.
Para quem está sendo apresentado à banda agora, sugiro então o caminho inverso: comece nesse “Quartzo” para depois ir percorrendo os discos anteriores. A cronologia não é o que mais se aplica por aqui: essa banda não passou do tempo, afinal.
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
#quartzo #dia19 #paralaxe10anos | Magdalena
Hoje é dia de conhecer mais uma canção do "Quartzo"
Hoje é dia de "Magdalena"!
A musa inspiradora da capa do disco...
Climão Neil Young, baixo solto, guitarra emoldurando um vocal e letra meio soturnos...
"Você enxerga o que eu quero?"
Fala Fred!
"Essa música está no nosso terceiro disco, o “Deus ex Machina”. Nesse disco, eventos do mundo atual se misturam ao universo religioso. Quem conhece a história bíblica e suas leituras pagãs (Dan Brown? Outras, principalmente) vai entender os percursos da narrativa de Magdalena. Aqui há “sequestros de íris”, ressureições, Vênus/Saturno, masculino/feminino. Antes de gravar passamos um dia inteiro ouvindo Neil Young e trilhas de filmes de faroeste. Conseguimos a concisão musical almejada. A capa do Quartzo é a imagem de Magdalena acrescida das nossas perspectivas em paralaxe que se somam em nome de todos os segredos, toda fé e todo mistério: merecem nosso silêncio contemplativo (“ela reza em silêncio”)"
https://soundcloud.com/paralaxebh/magdalena-1
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
Quartzo dia 12 - Juliano Doido
#quartzo #dia12 #paralaxe10anos
Vamos a mais uma dose de "Quartzo"?
Vamos!
Hoje é dia de "Juliano Doido", um dos hits da banda ("Me devolva/Me devolva/Me devolva/Meu nome!") que chega no disco em versão kruppiana, meio big band e segue em levada jazzy, metais, tudo na finesse maior.
https://soundcloud.com/paralaxebh/juliano-doido
Vamos a mais uma dose de "Quartzo"?
Vamos!
Hoje é dia de "Juliano Doido", um dos hits da banda ("Me devolva/Me devolva/Me devolva/Meu nome!") que chega no disco em versão kruppiana, meio big band e segue em levada jazzy, metais, tudo na finesse maior.
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quinta-feira, 17 de setembro de 2015
Quartzo - dia 06 - Lázaro
#quartzo #dia06 #paralaxe10anos
Hoje é dia de conhecer mas uma música do "Quartzo"! Pinçada do primeiro disco da Paralaxe, "Retrato" ganhou nova cadência, menos urgente e tensa; mais jazzy e enfumaçada...
Hoje é dia de conhecer mas uma música do "Quartzo"! Pinçada do primeiro disco da Paralaxe, "Retrato" ganhou nova cadência, menos urgente e tensa; mais jazzy e enfumaçada...
\Fala Fred!
"Retrato’ é uma música sobre estar sozinho e engendrar transmutações - por isso a solidão de Emily Dickinson, por isso a sinestesia de Purple Haze. A versão atual se inspira em Gainsbourg, seus Gitanes e seus estúdios esfumaçados. O solo de trombone é eloquente nesse sentido.."
https://soundcloud.com/paralaxebh/retrato-1
"Retrato’ é uma música sobre estar sozinho e engendrar transmutações - por isso a solidão de Emily Dickinson, por isso a sinestesia de Purple Haze. A versão atual se inspira em Gainsbourg, seus Gitanes e seus estúdios esfumaçados. O solo de trombone é eloquente nesse sentido.."
https://soundcloud.com/paralaxebh/retrato-1
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
Quartzo dia 04 - Lázaro
#quartzo #dia04 #paralaxe10anos
Hoje é dia de apresentar "Lázaro" para vocês!
Canção do terceiro álbum da Paralaxe, "Deus ex Machina", aparece em "Quartzo" vestida elegantemente em um arranjo meio western spaghetti, belíssimo e exato.
"...esse perfume caro, pode chamar de Lázaro!"
Fala Fred!
"O disco 'Deus ex Machina' propõe narrativas religiosas descontextualizadas: pessoas comuns tangem a transcendência mística pela aproximação (ora simbólica, ora fortuita) de aspectos rotineiras de suas vidas normais com o histórico de personagens bíblicos conhecidos.
Na canção ‘Lázaro’ é assim. Diferentemente da contraparte bíblica, o eu-lírico da música nega... mais que isso, roga para que lhe seja negado o milagre da ressurreição (“viver pode ser mais difícil ainda, prefiro não ser um milagre”). Uma coisa que me intriga é que Nick Cave e Jack White plagiaram a nossa letra (Dig, Lazarus Dig! e Lazaretto). podem conferir aí, o nosso Lázaro é bem anterior ao deles... : )'
Hoje é dia de apresentar "Lázaro" para vocês!
Canção do terceiro álbum da Paralaxe, "Deus ex Machina", aparece em "Quartzo" vestida elegantemente em um arranjo meio western spaghetti, belíssimo e exato.
"...esse perfume caro, pode chamar de Lázaro!"
Fala Fred!
"O disco 'Deus ex Machina' propõe narrativas religiosas descontextualizadas: pessoas comuns tangem a transcendência mística pela aproximação (ora simbólica, ora fortuita) de aspectos rotineiras de suas vidas normais com o histórico de personagens bíblicos conhecidos.
Na canção ‘Lázaro’ é assim. Diferentemente da contraparte bíblica, o eu-lírico da música nega... mais que isso, roga para que lhe seja negado o milagre da ressurreição (“viver pode ser mais difícil ainda, prefiro não ser um milagre”). Uma coisa que me intriga é que Nick Cave e Jack White plagiaram a nossa letra (Dig, Lazarus Dig! e Lazaretto). podem conferir aí, o nosso Lázaro é bem anterior ao deles... : )'
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domingo, 13 de setembro de 2015
Quartzo Dia 03 - Eduardo Recife
#quartzo #dia03 #paralaxe10anos #eduardorecife
Eduardo Recife é o nome responsável pela capa do "Quartzo"
O artista mineiro já assinou uma série de trabalhos com o pessoal da música mundo afora - embaixo, destacamos uma que ele fez para o Arcade Fire - e é assumidamente uma influência estética para a Paralaxe
Imagina a felicidade dos caras em ter essa linda capa assinada por ele então...
quem quiser saber mais informações sobre esse grande artista, é só acessar: http://www.misprintedtype.com/
Eduardo Recife é o nome responsável pela capa do "Quartzo"
O artista mineiro já assinou uma série de trabalhos com o pessoal da música mundo afora - embaixo, destacamos uma que ele fez para o Arcade Fire - e é assumidamente uma influência estética para a Paralaxe
Imagina a felicidade dos caras em ter essa linda capa assinada por ele então...
quem quiser saber mais informações sobre esse grande artista, é só acessar: http://www.misprintedtype.com/
sábado, 12 de setembro de 2015
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
Quartzo dia 02 - Bin Laden é o Bruce Wayne
#quartzo #dia02 #paralaxe10anos #binladenéobrucewayne
...COMEÇANDO!
Dia 11 de setembro, taí a primeira música do "Quartzo"
Não dava pra ser outra: "Bin Laden é o Bruce Wayne"
Registrada primeiramente no disco "Under Pop Pulp Fiction" (2007) a canção aqui ganha elegante registro, arquitetado na maravilhosa linha de contrabaixo de Felipe Fantoni- um dos muitos colaboradores do disco (com calma vamos revelando os outros nomes que pintam no "Quartzo"). Destaque também para o solo de guitarra do Rafa, absolutamente soft e setentista, meio Steely Dan...
Fred HC dá a letra da letra... "Saiu depois de eu ler um post inflamado no Orkut sobre o Batman do Frank Miller. A música fala sobre alguém lamentando um relacionamento distante enquanto, sonolento diante da TV, é bombardeado por notícias de terrorismo, cavernas no Afeganistão com tecnologia hi-tech de bat-cavernas, heróis que pela sede de vingança parecem piores que vilões, assassinos com dupla identidade e escusos financiamentos da C.I.A., além de soldados, adolescentes quase, preparando mísseis ao som de Rage Against the Machine"
BEM VINDOS!
https://soundcloud.com/paralaxebh/bin-laden-o-bruce-wayne…
...COMEÇANDO!
Dia 11 de setembro, taí a primeira música do "Quartzo"
Não dava pra ser outra: "Bin Laden é o Bruce Wayne"
Registrada primeiramente no disco "Under Pop Pulp Fiction" (2007) a canção aqui ganha elegante registro, arquitetado na maravilhosa linha de contrabaixo de Felipe Fantoni- um dos muitos colaboradores do disco (com calma vamos revelando os outros nomes que pintam no "Quartzo"). Destaque também para o solo de guitarra do Rafa, absolutamente soft e setentista, meio Steely Dan...
Fred HC dá a letra da letra... "Saiu depois de eu ler um post inflamado no Orkut sobre o Batman do Frank Miller. A música fala sobre alguém lamentando um relacionamento distante enquanto, sonolento diante da TV, é bombardeado por notícias de terrorismo, cavernas no Afeganistão com tecnologia hi-tech de bat-cavernas, heróis que pela sede de vingança parecem piores que vilões, assassinos com dupla identidade e escusos financiamentos da C.I.A., além de soldados, adolescentes quase, preparando mísseis ao som de Rage Against the Machine"
BEM VINDOS!
https://soundcloud.com/paralaxebh/bin-laden-o-bruce-wayne…
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
O que é o "Quartzo"?
#quartzo #dia01 #paralaxe10anos
O que é o "Quartzo"?
O que é o "Quartzo"?
É o novo disco da Paralaxe
Disco mesmo, um vinilzão
São oito músicas do repertório dos três discos anteriores da banda, registradas sem programas de computador, em ambiente totalmente analógico no estúdio Bunker, do produtor musical Anderson Guerra. “Em 2015 fazemos 10 anos do lançamento do nosso primeiro CD e então decidimos fazer um vinil que recontasse a nossa história. A ideia é que pudéssemos nos deslocar no tempo, ou, melhor, pudéssemos deslocar o lugar do tempo de análise”, diz Fred HC, vocalista da banda.
O disco de vinil foi gravado no estúdio em um dos poucos estúdios no país especializados em gravações analógicas, ou seja, abrindo mão da infinidade de recursos digitais que ocupam as gravações atuais e voltando ao velho esquema utilizado para a gravação de vinis e cassetes. “Um estúdio totalmente analógico, fita de 2 polegadas, microfones antigos, amplificadores velhos, enfim… pra sonoridade que buscávamos, pro lance de voltar no tempo, era perfeito”, garante o guitarrista Rafael Carneiro.
É a Paralaxe em traje de festa, completamente diferente de como conhecíamos.
Durante esse mês, vamos soltando aqui informações e músicas desse trabalho e recuperaremos arquivos da banda. É ritmo de festa, já diria o outro!
AMANHÃ É DIA DE MOSTRAR O PRIMEIRO SINGLE DO "QUARTZO": FIQUEM LIGADOS!
São oito músicas do repertório dos três discos anteriores da banda, registradas sem programas de computador, em ambiente totalmente analógico no estúdio Bunker, do produtor musical Anderson Guerra. “Em 2015 fazemos 10 anos do lançamento do nosso primeiro CD e então decidimos fazer um vinil que recontasse a nossa história. A ideia é que pudéssemos nos deslocar no tempo, ou, melhor, pudéssemos deslocar o lugar do tempo de análise”, diz Fred HC, vocalista da banda.
O disco de vinil foi gravado no estúdio em um dos poucos estúdios no país especializados em gravações analógicas, ou seja, abrindo mão da infinidade de recursos digitais que ocupam as gravações atuais e voltando ao velho esquema utilizado para a gravação de vinis e cassetes. “Um estúdio totalmente analógico, fita de 2 polegadas, microfones antigos, amplificadores velhos, enfim… pra sonoridade que buscávamos, pro lance de voltar no tempo, era perfeito”, garante o guitarrista Rafael Carneiro.
É a Paralaxe em traje de festa, completamente diferente de como conhecíamos.
Durante esse mês, vamos soltando aqui informações e músicas desse trabalho e recuperaremos arquivos da banda. É ritmo de festa, já diria o outro!
AMANHÃ É DIA DE MOSTRAR O PRIMEIRO SINGLE DO "QUARTZO": FIQUEM LIGADOS!
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paralaxe10anos,
Quartzo
Quartzo Dia 1
#quartzo #dia1 #paralaxe10anos
Começamos hoje as celebrações de UMA DÉCADA da PARALAXE
Neste nobre espaço teremos arquivos, notícias, e principalmente NOVIDADES
A mais importante tem essa cara maravilhosa que vocês estão vendo abaixo
A imagem não dá pistas, mas trata-se de um disco de VINIL
Chama-se "QUARTZO" e é nosso novo trabalho
Mais informações ainda hoje: FIQUEM LIGADOS
(Arte da capa by Eduardo Recife, falando nisso)
Começamos hoje as celebrações de UMA DÉCADA da PARALAXE
Neste nobre espaço teremos arquivos, notícias, e principalmente NOVIDADES
A mais importante tem essa cara maravilhosa que vocês estão vendo abaixo
A imagem não dá pistas, mas trata-se de um disco de VINIL
Chama-se "QUARTZO" e é nosso novo trabalho
Mais informações ainda hoje: FIQUEM LIGADOS
(Arte da capa by Eduardo Recife, falando nisso)
terça-feira, 8 de setembro de 2015
Insone
Se você lembrasse do que eu lembro talvez me desse um alento. Se você lembrasse mais ainda do que eu não lembro poderia me explicar melhor essas teorias que eu tenho quando acordado. Guarda-chuvas do self.
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
O mar serenou
só tenho nas mãos o que eu posso ter
o resto não é meu ou sou eu mesmo
misturado no invisível do ar pós Atlântida
somado na equação quântica dos impulsos
Steiner queria Decartes lido
Kant queria queria Hume num cântico
que operasse o inverso da sereia grega
guarda-chuvas do self
domingo, 30 de agosto de 2015
Senhor F
O universo é paralelo; a Paralaxe também.
Imagine uma cena em que um casal de pais conservadores é questionado, pela filhinha de quatro anos, a respeito do modo pelo qual ela veio ao mundo, como ela foi “produzida”. Já que a própria garotinha não acredita na tal da cegonha. Agora imagine a cara desse casal arquitetando uma possível resposta. Então, é praticamente desse mesmo jeito que muita gente fica ao tentar decifrar o tipo de som que a Paralaxe faz. A banda consegue realizar uma música bem peculiar, e isso não é exagero. Ela parece caminhar em um universo paralelo da música produzida por ai. O som é um misto de pop mais rock mais elementos eletrônicos mais letras com imagens fortes mais uma pancada de referências à cultura pop, cosmologia, arte, enfim, à vida. Seja ela qual for, terráquea ou marciana. Só mesmo escutando para se ter uma idéia. Paralaxe é um dos bons nomes representantes da nova safra musical de Belo Horizonte, mas o som é universal. Principalmente pelas letras que causam espanto e curiosidade. Alguns dizem que para escutar os discos seria preciso ficar com uma janela do Google aberta para procurar pelas citações e toda a gama de informações ali presentes. Isso também não é exagero. E mesmo com tanta informação, as músicas não se tornam herméticas. Pelo contrário, proporcionam curiosidade ao ouvinte. Funcionam como saudosas aulas de cultura pop e seus personagens mais estranhos, adorados, detestados, desconhecidos, etc. Mas não pense que esses personagens são meras figuras que estão do outro lado do mundo e não fazem parte do nosso mundinho real. Nós somos retratados nas letras da Paralaxe sim! O seu vizinho psicopata está lá, a babá que veio do interior, seu amigo estranho, enfim, todo mundo. Como “Clubber do Milharal”, história de uma garota que organizava raves no interior de Minas; “Retrato”, recortes e versos de Hendrix transportados para Saturno; “Acho que Passei do Tempo”, no qual um indivíduo faz a barba até sangrar para esconder-se do tempo que passou. Além de “Bin Laden é o Bruce Wayne”, que versa sobre... bem o nome já fala por si só; “Catch a Rising Star”, um épico contemporâneo de uma tal mulher que sai do interior em direção a um grande centro urbano; “Juliano Doido”, um atordoado conhecido da escola; entre tantas outras pérolas musicais espalhadas pelos dois trabalhos da banda, “Paralaxe” (2005) e “Under Pop Pulp Fiction” (2007). Os dois álbuns lançados contam com a formação de Fredhc (vocal e programações) e Rafael Carneiro (guitarra, baixo e teclado). Agora completam a trupe João de Deus Jr. (teclados e synths) e Giovanni Duarte (bateria), que fazem parte da transição da banda de um formato mais eletrônico para um mais “orgânico”. E o resultado dessa transição é um novo disco, em fase de pré-produção, com previsão de lançamento ainda em 2008. E enquanto o novo álbum da Paralaxe não aparece, vale a pena conferir os dois primeiros trabalhos, disponíveis para download no site/blog da banda (www.bandaparalaxe.blogspot.com). * Lafaiete Junior escreve para o site Alto-Falante e é colaborador de Senhor F.
Comentário:
Anônimo disse...
Estou quase convencido que "Janine", personagem central do conto "A mulher adúltera" de Camus seja a referência direta de "Catch a Rising Star". No conto do filósofo ela enfrenta um problema complexo: seu exílio é seu próprio corpo ( e na música: "seu corpo era o seu porto um lacaniano desafio..."). Embora Janine estivesse lá (em NYC), nada se assemelhava ao que havia imaginado. Há o problema das expectativas, das esperanças sempre alardeadas por Camus... O sentimento que se está vivendo num mundo estranho, num cenário diferente do que devia ser. No conto: "Janine não conseguia se arrancar à contemplação desses fogos à deriva. Girava com eles, e o mesmo caminhar imóvel unia-a, pouco a pouco, ao seu ser mais profundo, onde o frio e o desejo agora se combatiam. Diante dela, as estrelas caíam uma a uma (CATCH A RISING STAR???), depois extinguiam-se entre as pedras do deserto; a cada vez, Janine abria-se um pouco mais para a noite. Respirava, esquecia o frio, o peso dos seres, a vida demente ou imobilizada, a longa angústia de viver e morrer. (Na música: "...virou um fluido urbano americano sem refil, morreu no fim de março sem espaço em daily news..."
Imagine uma cena em que um casal de pais conservadores é questionado, pela filhinha de quatro anos, a respeito do modo pelo qual ela veio ao mundo, como ela foi “produzida”. Já que a própria garotinha não acredita na tal da cegonha. Agora imagine a cara desse casal arquitetando uma possível resposta. Então, é praticamente desse mesmo jeito que muita gente fica ao tentar decifrar o tipo de som que a Paralaxe faz. A banda consegue realizar uma música bem peculiar, e isso não é exagero. Ela parece caminhar em um universo paralelo da música produzida por ai. O som é um misto de pop mais rock mais elementos eletrônicos mais letras com imagens fortes mais uma pancada de referências à cultura pop, cosmologia, arte, enfim, à vida. Seja ela qual for, terráquea ou marciana. Só mesmo escutando para se ter uma idéia. Paralaxe é um dos bons nomes representantes da nova safra musical de Belo Horizonte, mas o som é universal. Principalmente pelas letras que causam espanto e curiosidade. Alguns dizem que para escutar os discos seria preciso ficar com uma janela do Google aberta para procurar pelas citações e toda a gama de informações ali presentes. Isso também não é exagero. E mesmo com tanta informação, as músicas não se tornam herméticas. Pelo contrário, proporcionam curiosidade ao ouvinte. Funcionam como saudosas aulas de cultura pop e seus personagens mais estranhos, adorados, detestados, desconhecidos, etc. Mas não pense que esses personagens são meras figuras que estão do outro lado do mundo e não fazem parte do nosso mundinho real. Nós somos retratados nas letras da Paralaxe sim! O seu vizinho psicopata está lá, a babá que veio do interior, seu amigo estranho, enfim, todo mundo. Como “Clubber do Milharal”, história de uma garota que organizava raves no interior de Minas; “Retrato”, recortes e versos de Hendrix transportados para Saturno; “Acho que Passei do Tempo”, no qual um indivíduo faz a barba até sangrar para esconder-se do tempo que passou. Além de “Bin Laden é o Bruce Wayne”, que versa sobre... bem o nome já fala por si só; “Catch a Rising Star”, um épico contemporâneo de uma tal mulher que sai do interior em direção a um grande centro urbano; “Juliano Doido”, um atordoado conhecido da escola; entre tantas outras pérolas musicais espalhadas pelos dois trabalhos da banda, “Paralaxe” (2005) e “Under Pop Pulp Fiction” (2007). Os dois álbuns lançados contam com a formação de Fredhc (vocal e programações) e Rafael Carneiro (guitarra, baixo e teclado). Agora completam a trupe João de Deus Jr. (teclados e synths) e Giovanni Duarte (bateria), que fazem parte da transição da banda de um formato mais eletrônico para um mais “orgânico”. E o resultado dessa transição é um novo disco, em fase de pré-produção, com previsão de lançamento ainda em 2008. E enquanto o novo álbum da Paralaxe não aparece, vale a pena conferir os dois primeiros trabalhos, disponíveis para download no site/blog da banda (www.bandaparalaxe.blogspot.com). * Lafaiete Junior escreve para o site Alto-Falante e é colaborador de Senhor F.
Anônimo disse...
Estou quase convencido que "Janine", personagem central do conto "A mulher adúltera" de Camus seja a referência direta de "Catch a Rising Star". No conto do filósofo ela enfrenta um problema complexo: seu exílio é seu próprio corpo ( e na música: "seu corpo era o seu porto um lacaniano desafio..."). Embora Janine estivesse lá (em NYC), nada se assemelhava ao que havia imaginado. Há o problema das expectativas, das esperanças sempre alardeadas por Camus... O sentimento que se está vivendo num mundo estranho, num cenário diferente do que devia ser. No conto: "Janine não conseguia se arrancar à contemplação desses fogos à deriva. Girava com eles, e o mesmo caminhar imóvel unia-a, pouco a pouco, ao seu ser mais profundo, onde o frio e o desejo agora se combatiam. Diante dela, as estrelas caíam uma a uma (CATCH A RISING STAR???), depois extinguiam-se entre as pedras do deserto; a cada vez, Janine abria-se um pouco mais para a noite. Respirava, esquecia o frio, o peso dos seres, a vida demente ou imobilizada, a longa angústia de viver e morrer. (Na música: "...virou um fluido urbano americano sem refil, morreu no fim de março sem espaço em daily news..."
sábado, 22 de agosto de 2015
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
Fausto Fawcett + VJ1mpar
"nada se cria, nada se perde, tudo se Transformer"
César Gilcevi, Fausto Fawcett e Fred HC
Sesc Palladium, Belo Horizonte-MG
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
Pré-audição Quartzo #3
Segunda pré-audição do Quartzo lá em casa em 07/08/2015
com Thiago Pereira, Eduardo Recife, Robert Frank Fabiano Fonseca, Rafael Carneiro
com Thiago Pereira, Eduardo Recife, Robert Frank Fabiano Fonseca, Rafael Carneiro
terça-feira, 28 de julho de 2015
segunda-feira, 20 de julho de 2015
Pré-audição do Quartzo #1 - primeiríssima!
Nesse dia Rafael já estava com as caixas da Polyssom (três caixas num carrinho de supermercado) chegadas há pouquíssimos dias. Mandamos Whatsapp pro Baiano que marcou às 18:00h no Studio Bucker em Nova Lima (Vale do Sol), depois remarcou para às 21:30. Fomos lá com os vinis recém-chegados e roupas de frio para a primeira audição. Luciana e Marina também foram. Guilherme Castro (Somba) que assina os arranjos e e Ricardo Laf (fotógrafo) também estavam lá. Guilherme, profundo entendedor de vinhos, whiskys e Fadas-Verdes nos brindou com suas composições etílicas. Foi a minha primeira vez a ouvir um vinil meu. Noite mágica! #Paralaxe10anos #Quartzo
domingo, 21 de junho de 2015
O insone da Rua Cônego Getúlio
Se você lembrasse do que eu lembro talvez me desse um alento
Se você lembrasse mais ainda do que eu não lembro
poderia me explicar teorias que eu tenho
melhoraria minha vida enquanto acordado
Sobre dias de sol e de chuva,
sobre temporais e ruas sem nome
saí de casa e segui pela cidade pisando
apenas num tipo de calçamento branco,
bloco de concreto angulado que substituía o asfalto
saí até que ele se terminasse em rua já em terra de chão
nesse ponto parei e tornei a seguir as ruas calçadas,
dei meia volta, mas tirei os sapatos,
faz menos barulho, está quase amanhecendo
tornei a seguir não sem antes comtemplar aquela noite
escura e seu fim principiado
subi no telhado na minha casa
e fiquei lá da manhãzinha
aguardando o sol levantar forte
meus pais e mães dormindo logo abaixo
equilibrando, toquei violões para os vizinhos,
pro céu e para as árvores, acho que ninguém ouviu
as coisas são se dizem surdas enquanto falam conosco
acordei acordado, desci do telhado e sentei ao meio-fio
passei três meses sem dizer palavra, um bom tempo parado
o mundo não me apresentava possibilidades de viver na noite, somente
me decidi pela noite como extensão insone de mim mesmo
dos meus blocos de concreto anguloso roubados
voltei minha ata insana que concorda apenas com decisões tomadas
gosto de ver a chuva porque ela é sempre a mesma
é como se estivesse vendo algo que está fora do tempo
gosto de ver hoje porque nela lembranças param de ter sentido
hoje porque nos inventamos fora do tempo
há 10 anos porque seríamos dois eventos concorrentes
há 20 anos porque já me percebia seu fascínio
há 30 anos porque ainda estávamos nos conhecendo
e, daqui a dez anos, quando nos trataremos como milagres
O vendedor de flores de plástico (#2)
eu sei que você desconfia de mim
não é possível comércio às três da manhã
salvo por qualquer coisa que nos desfaça
de estar dormindo ou acordado
qualquer coisa menos essas flores de plástico
que te ofereço a um preço e um passo cifrado
faço isso não pelo adorno, mas pelo desvio
faço isso porque mais precisam de mim
do que eu preciso
você sabe que o que eu vendo não são flores
vendo meu trabalho de estar aqui sob a noite
não sei o que você tem usado, mas tenho, imaginado
se nesse caule se escondessem acusadas poeiras, neve
me acusam de comércio de contrastes
entidades de consumo lícitas para um lado e para o outro
O vendedor de rádios de carro
andava a noite e tinha um isqueiro
com o qual fazia sinais indecifráveis
códigos, gírias, rádios de carro
tudo era possível de ser passado
o sangue frio, o silêncio inflamado
o peso do corpo que pôs sobre o capô
abrira a porta do carro importado
ninguém sabia o que ele queimava
havia uma fogueira atrás da sua casa
talvez a fumaça enviasse comandos
nem um santo sabia o que ele ouvia
quando estava calado ou falando
era uma espécie de cabala mística
feita com objetos roubados
era uma espécie de romaria
com gírias e gestos calculados
tudo tinha um propósito
era tudo de caso pensado
sábado, 23 de maio de 2015
Bin Laden é o Bruce Wayne
Bin Laden
Bin Laden é o Bruce Wayne
você sabe disso eu sei
o taliban do Orkut, o barman em Beirute
curte o Cobain e o Leonard Cohen
depois daquela estrela já é segunda-feira
seu endereço na Praça da Bandeira
me dá corda pra essa prosa nonsense
o milionário do revange o Batman do C.I.A
e um litro de Almadén
mistura sua figura na minha cabeça
sou andarilho de Santa Tereza
me aguenta mais um pouco
falta tanto pro seu rosto desaparecer
e o que é que eu vou fazer
quando o telefone me tocar na sala
e não for o comissário e em for da Al-Qaeda
e nem for você
Bin Laden é o Bruce Wayne
você sabe disso eu sei
o Batman do Frank, o tanque ianque
tocava o Cobain também e até o Rage Against
e por ela andava a vista embaralhava
além do horizonte o front de batalha
em BH em Bagdá ou Israel
eh de viajar sobre tu piel
duas vezes antes o ctrl-alt-del
e até a Batgirl
escolhe um alter-ego nesse pulp-fiction
escolhe um gosto outro pro seu establishment
que te invento mais um rosto
que me invento mais um gosto
falta pouco pra acontecer
e o que é que eu vou fazer
quando o telefone me tocar na sala
e nem for o comissário e nem for da
Al-Qaeda
e nem for você
terça-feira, 28 de abril de 2015
sábado, 18 de abril de 2015
Maybe Not
arm lock van gogh hegel
rock spock in turning table
rock spock in turning table
just one shot the very last level
hot spot spinal shock fairy tale
maybe not
maybe not
sábado, 11 de abril de 2015
quinta-feira, 9 de abril de 2015
Lua Nova
então o sol me fez brilhar em tudo que ele
se esqueceu
então o sol me fez o estar escuro que
parece luz
e eu seria uma luz estranha a espera de um
outro olhar
“e se você quiser saber pra onde eu vou”
entenda:
eu vou pra onde o sol não pode estar
vem sem brilhar um brilho sem razão solar
de um espelho negro contra luz
você já sabe tanto quanto eu
que o sol não se esconde aonde eu quero
estar
segunda-feira, 6 de abril de 2015
Astrólogo II
ângulos descritos por impasse rápido de
paralaxe
isso que você tem na mão pertence a um
planeta
a hora e o desenho que enfeita o céu te
configura
nada nunca deve ser feito sem a assistência
da lua
ela te olha de volta com a mesma escura
pergunta
enquanto mercúrio se encarrega de outras chaves
esperamos quem sabe venham em retas e
curvas
a lua te olharia de volta referências desconhecidas
quanto ao sol: os planetas temem suas conjunções
meio céu descendente quadra e meia o céu
inferior
o rigor dos planetas regendo suas casas
angulares
cada planeta por cada afetado o quatro lar
sagrado
e a casa sete me segue pelos ares parada
parceira
e a casa dez de medo desiste e me segue no mundo
e a casa dez de medo desiste e me segue no mundo
sexta-feira, 3 de abril de 2015
Astrólogo I
rege o astro regente
de toda gente nascida
letra e número dividida
escrita tudo por nove
menos quanto possível
um sol quatro e sóis
se dois ou sete a lua e três
júpiter cinco mercúrio seis
vênus oito saturno marte
adiante motivo mais tarde
nome dela e da mãe
do pai dividido por doze
leão se um dois de juno
aquário três de três vezes vestal
capricórnio se quatro
sagitário e câncer
cinco e seis antes
vênus touro paládio
vulcano de oito
de libra e de áries
o nove de marte
escorpião se for dez
virgem onze a idade
escorpião se for dez
virgem onze a idade
peixe vivo de doze
febo gêmeo ninguém
febo gêmeo ninguém
just in case
marla whatching
white moon face
quarta-feira, 1 de abril de 2015
terça-feira, 31 de março de 2015
sábado, 28 de março de 2015
sábado, 14 de fevereiro de 2015
Charleville I
I
Quando eu nasci
ainda decidiam-se quais dylans
se diriam seus em desolation-rows
ainda decidiam-se quais dylans
se diriam seus em desolation-rows
em Charleville ainda não se sabiam sons
nem morrisons de paris-lost-tape-odeons
pra mim um não é quase um sim
que se esmera em esconder-se
no escuro de um poema claro
em Charleville ninguém podia esquecer
que eu vim (viria ser)
eu mesmo escravo
eu mesmo escravo
II
Quando eu nasci
cinderella seems so easy
cinderella seems so easy
e órfãos se afagariam em cinquenta-tons-de-cinza
em Charleville meu moonlight drive drive-me
kata-ton-daimona-eaytoy noutra língua
pra mim um não é quase um sim
talvez se vir vertigens
envergarem outra história
em Charleville eu sou o meu fiel escravo
espelho joelho e lapso
de memória
de memória
III
meu moonlight-drive drive-me
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letra,
Rimbaud,
texto
domingo, 1 de fevereiro de 2015
A fistful of Gitanes
"Apreciei demais essa continuação inventada. A quanta coisa limpa verdadeira uma pessoa de alta instrução não concebe! Aí podem encher esse mundo de outros movimentos, sem os erros e os volteios da vida em sua lerdeza de sarrafaçar. A vida disfarça? Por exemplo"
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